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Suspeitos de fraudes fundiárias negam crimes; defesa aponta 'mal-entendidos' nas investigações em Feira de Santana

Advogados de suspeitos por grilagem de terras em Feira de Santana prestam coletiva O empresário e ex-presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Oyama...

Suspeitos de fraudes fundiárias negam crimes; defesa aponta 'mal-entendidos' nas investigações em Feira de Santana
Suspeitos de fraudes fundiárias negam crimes; defesa aponta 'mal-entendidos' nas investigações em Feira de Santana (Foto: Reprodução)

Advogados de suspeitos por grilagem de terras em Feira de Santana prestam coletiva O empresário e ex-presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Oyama Figueiredo, e outros três integrantes da família dele negaram envolvimentos com os crimes investigados na Operação Sinete, deflagrada na última semana em Feira de Santana e cidades vizinha. A defesa dos alvos se manifestou pela primeira vez nesta terça-feira (2), em uma coletiva de imprensa. Segundo a Polícia Civil, eles são suspeitos de cometer fraudes documentais, grilagem de terras e lavagem de capitais na região. O grupo nega as acusações. A coletiva foi realizada às 14h30 e contou com a presença dos advogados Marco Aurélio Andrade Gomes e Yuri Carneiro, responsáveis pela defesa de Oyama, Luanda Cajado de Figueiredo Carvalho, Lívia Cajado de Figueiredo Cosmo e Pedro Henrique dos Reis de Figueiredo. 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Feira de Santana e região Segundo a Polícia Civil (PC), durante a operação "Sinete", sete pessoas foram presas e a Justiça determinou 47 mandados de busca e apreensão. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos 12 carros de luxo, duas motocicletas, dinheiro em espécie, joias e diversos documentos. Oyama Figueiredo está entre os presos na operação Redes Sociais Durante a coletiva, o advogado Marco Aurélio Andrade informou à equipe da TV Subaé, afiliada da Rede Bahia, que os investigados “estão abalados” e dizem não ter cometido nenhuma ilegalidade. “Oyama, com 76 anos, tem problemas severos de saúde. Não é desculpa, é realidade, com relatórios e documentação médica. Eles dizem que não são responsáveis por nenhuma das situações apontadas e não há ilicitude praticada por eles”. Ao ser questionado sobre o fato de Oyama ser apontado como líder do grupo, Marco Aurélio Carneiro disse que cabe às autoridades apresentar provas concretas “O ônus da prova compete a quem acusa. Dizer que alguém é chefe ou comandante precisa ser demonstrado de forma concreta. A defesa não tem obrigação de provar fato negativo. Vamos aguardar o trabalho das autoridades”. O advogado Marco Aurélio Andrade informou à equipe da TV Subaé, afiliada da Rede Bahia, que as investigados “estão abalados” TV Subaé O advogado Yuri Carneiro destacou que parte das suspeitas se baseia em investigações antigas. “Há um conjunto de mal-entendidos e má interpretação, com todo respeito, de elementos muito antigos, de 2013 e 2015, referentes a questões cartorárias. As interceptações de 2025 não demonstram nenhuma nenhuma espécie de atividade ilícita”. O advogado Yuri Carneiro informou que as prisões temporárias têm causado transtornos à família TV Subaé Ele também informou que as prisões temporárias causaram transtornos à família. “Elas têm problemas de saúde, estão tomando medicamentos específicos. Deixamos os relatórios médicos na unidade prisional. Esperamos que o Judiciário avalie com calma para que todos possam responder em liberdade”. No dia 30 de novembro, a Justiça prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias dos sete investigados, com a justificativa de que ainda poderia haver risco de destruição de provas. A defesa discorda da tese. “Respeitamos, mas discordamos. Celulares, notebooks e documentos já foram apreendidos. Não há risco de fuga, nem de destruição de provas. Tudo o que poderia guardar informações já está com as autoridades”, informou o advogado Carneiro. Olha, na nossa compreensão isso vai além do que na realidade se discute do ponto de vista até de prejuízo de terceiros, mas é conforme a gente vem dizendo, no tempo certo nós vamos impugnar todos esses elementos, vamos trazer todas as ações preventuais exageros que tenham ocorrido e temos certeza que isso, ao seu tempo e ao modo eles vão chegar a uma solução que com certeza vai ser boa e vai mostrar a verdade, a verdade de que a família Oyama não tem responsabilidade penal desses fatos que eles têm imputado. Além disso, ele relatou que é um “exagerado” o bloqueio de bens que pode ultrapassar R$ 66 milhões. “Vamos trazer todas as ações preventuais exageros que tenham ocorrido e temos certeza que isso, ao seu tempo, vão chegar a uma solução que com certeza vai ser boa e vai mostrar a verdade de que a família Oyama não tem responsabilidade penal desses fatos”. Sobre os próximos passos, a defesa disse ainda esperar que os investigados respondam em liberdade. “Esperamos que respondam ao inquérito e, se houver ação penal, que seja em liberdade, com tranquilidade e firmeza". O que se sabe da Operação Sinete O empresário Oyama Figueiredo foi preso no dia 26 de novembro durante a Operação Sinete, que investiga um grupo suspeito de fraudes documentais, grilagem de terras e lavagem de capitais em Feira de Santana e municípios vizinhos. Além de empresário, Oyama é ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, onde ocupou o cargo máximo do Legislativo entre 1991 e 1994. Seu nome também batiza o Conjunto Habitacional Oyama Figueiredo, localizado no bairro Tomba, onde foi homenageado. A Justiça também determinou o sequestro judicial de valores e bens, com bloqueio autorizado de até R$ 6 milhões por CPF e R$ 60 milhões por CNPJ dos investigados. Dinheiro em espécie foi apreendido em operação Ascom/PC-BA Entre os presos estão: Oyama de Figueiredo; Pedro Henrique dos Reis de Figueiredo; Lívia Cajado de Figueiredo Cosmo; Luanda Cajado de Figueiredo; Vanderlino Oliveira Evangelista; Geraldo Bispo Ferreira; Arnaldo Novais de Melo. De acordo com o Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), Oyama e outros investigados teriam participado de uma rede que atuava falsificando e manipulando documentos públicos e judiciais para apropriação clandestina de propriedades. O esquema envolveria servidores de cartórios, empresários, advogados, corretores e agentes de segurança pública. A polícia identificou um sistema de falsificação e manipulação de documentos públicos e judiciais, com uso indevido de procurações, certidões e decisões judiciais para apropriação clandestina de propriedades. Em alguns casos, houve emprego de coação, violência e porte irregular de arma de fogo. Ainda segundo a instituição policial, a investigação avançou a partir de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, análises financeiras, diligências de campo e correições administrativas. Também foi determinado o afastamento cautelar de servidores públicos suspeitos de participação no esquema. A Justiça da Bahia prorrogou, no dia 30 de novembro, por mais cinco dias, as prisões temporárias dos sete suspeitos detidos na Operação Sinete. A decisão, proferida pela juíza Sebastiana Costa Bomfim, da 2ª Vara Criminal, considerou essencial para a continuidade das investigações que eles permaneçam presos. Os suspeitos haviam sido transferidos para o Conjunto Penal de Feira de Santana na sexta-feira (28). A Operação Sinete contou com apoio da Força Correcional Especial Integrada (Force), da Corregedoria da Polícia Militar da Bahia, da Corregedoria da Polícia Civil da Bahia e da Corregedoria-Geral de Justiça do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A PC informou que as investigações continuam para delimitar responsabilidades, identificar possíveis novos envolvidos e localizar o oitavo investigado com mandado de prisão expedido. Doze carros de luxo foram apreendidos durante a ação Polícia Civil Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em casas de luxo na região de Feira de Santana Polícia Civil LEIA MAIS: Carros de luxo, dinheiro em espécie e joias são apreendidas em operação que prendeu 7 pessoas suspeitas de fraudes fundiárias Sete suspeitos são presos por fraudes fundiárias e lavagem de dinheiro; investigados tiveram mais de R$ 60 milhões bloqueados Justiça prorroga prisão dos sete suspeitos investigados por fraudes fundiárias e lavagem de dinheiro Veja mais notícias de Feira de Santana e região. Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé 💻